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Os 8 profissionais mais disputados (agora) na área de TI

1 – As áreas mais quentes de um setor em alta

São Paulo – A área de TI pode até não estar completamente a salvo da crise, mas é fato que é um dos setores menos afetados por ela. Implicada em todos os negócios, a tecnologia puxa a demanda por profissionais justamente por ser um vetor de produtividade e eficiência para as empresas. Por isso profissionais de TI são considerados estratégicos para o negócio, já que contribuem de diversas maneiras para que a empresa possa enfrentar a crise também por meio de inovações tecnológicas. A seguir, confira, navegando pelas fotos, quais são os profissionais mais buscados agora, segundo dois especialistas consultados.

 2 – Analista de segurança da informação

O mercado como um todo está preocupado com a segurança dos dados, diz Jaime de Paula, fundador e CEO da Neoway. “Muitas empresas estão adotando data centers e soluções em nuvem. Assim, os dados saem de um território fechado que, teoricamente, é mais seguro e migram para fora da estrutura física da empresa, na nuvem. Por isso as empresas precisam de analistas monitorando esses processos”, diz. De acordo com ele, grandes bancos e seguradoras já estão usando a nuvem para guardar grandes volumes de informação. “Segurança é estar um passo à frente do hacker”, diz o CEO da Neoway. Portanto, é preciso sempre estar de olho nas mudanças e estudando novas vulnerabilidades. Provedores de softwares oferecem cursos e a recomendação do especialista é ficar atento. Saber inglês é importante para entender documentos e textos sobre novas ameaças, geralmente, publicados no idioma. Engenharia de software é uma formação comum entre os profissionais da área. Em São Paulo, profissionais recebem até 20 mil reais por mês. Nas regiões Sul e Nordeste, os salários são mais baixos, por volta de 12 mil reais.

3 – Desenvolvedor full stack

“É um profissional difícil de se encontrar”, diz Jaime de Paula, CEO da Neoway. Na sua empresa são 200 engenheiros de software e apenas nove profissionais com o título de full stack, conta. É que desenvolvedores assim trabalham bem tanto na parte de infraestrutura, de servidores (back-end), como também no desenvolvimento da interface (front-end). Sua atuação integrada valoriza seu passe, segundo Jaime de Paula. Formações em engenharia de software e ciências da computação são mais frequentes, mas a característica mais marcante deste profissional é a experiência, entre cinco e 10 anos. “É alguém que já passou pela área de infraestrutura, já desenvolveu back-office, já trabalhou com mobile”, diz Jaime de Paula. Inglês também precisa estar no currículo. Salários podem chegar a 20 mil reais, diz o CEO da Neoway. 

4 – Analista ou especialista de DevOps/ gerente de engenharia de sistemas

“DevOps é um termo relativamente novo, que significa Desenvolvimento + Operações. É uma tendência, de eliminar as barreiras entre o time/área de desenvolvimento de software, e o time/área que implementa e dá suporte a esses sistemas, agilizando o processo todo”, diz Henrique Gamba, fundador da Yoctoo, consultoria de recrutamento de executivos especializada em TI.

O analista DevOps, diz Jaime de Paula, CEO da Neoway, faz a especificação de como o desenvolvedor deve criar a plataforma e como isso vai ser posto em operação. Este é um tema que está crescendo agora por ser uma iniciativa relativamente nova, explica Gamba. “Ainda existem poucos profissionais com experiência prática nesse tema, pois existem poucos ambientes onde essa prática é madura”, diz. Por isso, salários são altos e variam entre 18 mil e 25 mil reais.  

5 – Programador Mobile (iOS e Android)

Programadores especializados em linguagens voltadas para aplicativos mobile para as principais plataformas do mercado (iOS e Android) geralmente trabalham por projetos, segundo Henrique Gamba, fundador da Yoctoo. “Isso gera um alto índice de rotatividade nas empresas e faz com que sempre existam companhias em busca de executivos no mercado”, diz ele. Os salários variam entre 7 mil e 11 mil reais e, segundo Gamba, a demanda por este profissional ainda é consideravelmente maior do que a oferta.

6 – Cientista de dados

A forte visão de negócios combinada à aguçada percepção estatística é o grande diferencial do cientista de dados. “Em um cenário em que as empresas precisam processar um volume e uma variedade de informações jamais vistos, o cientista de dados é um profissional de alto escalão com qualificação e curiosidade para fazer descobertas em big data”, diz Henrique Gamba, fundador da Yoctoo, consultoria de recrutamento de executivos especializada em TI. A falta de gente qualificada no mercado é uma realidade, segundo os dois especialistas consultados. Também é fato que cada vez mais as empresas investem em estratégias de marketing que utilizam ferramentas de big data. Muito por isso, é um profissional que anda bem valorizado, com salários entre 10 mil e 18 mil reais. “Essa é uma área com um viés acadêmico muito forte. A carreira acadêmica, inclusive, é outra vertente para essa profissão”, diz Gamba.  

7 – Arquiteto de soluções de big data

É um profissional técnico, dedicado à tecnologia para habilitar as soluções a partir da análise de grande volume de dados. “O arquiteto de soluções de big data é a ligação entre as necessidades do negócio e os cientistas e engenheiros de dados”, diz Henrique Gamba, fundador da Yoctoo. O especialista explica que este profissional é responsável pela criação da análise dos requerimentos de negócios, a seleção das plataformas a serem usadas e a arquitetura técnica das aplicações e soluções propostas. O motivo por que tem sido disputado é o mesmo do cientista de dados: menos oferta do que procura e novidade da carreira. Os salários nesta atividade também são altos: entre 14 mil e 20 mil reais.

8 – IT Business Partner

É quem faz a ponte entre as equipes técnicas de TI e as áreas de negócios. “A principal função deste profissional é entender as necessidades de negócio e conseguir traduzi-las em requisitos técnicos para a área de TI”, diz Henrique Gamba, da Yoctoo. A tendência de aproximação da área de tecnologia e de negócio veio para ficar e explica a alta procura por este profissional. “Ainda encontramos uma escassez de profissionais de TI, com a bagagem técnica necessária, que tenham a habilidade de interação e conhecimento de negócios”, diz Gamba. Salários variam entre 18 mil e 25 mil reais.

Fonte: Exame

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