Empresário precisa saber identificar qual é a hora de desistir de um negócio
Para ser um empreendedor de sucesso, além de ter boas ideias e conhecimento de mercado, é preciso saber a hora de parar de insistir e mudar os planos.
“O empresário deve perceber quando está sendo persistente e quando está sendo teimoso. Há empreendedor que, por vaidade, só quer provar que tem razão”, afirma José Marques Pereira Junior, professor da Escola de Negócios do SebraeSP.
Para decidir se vale a pena resistir ou não, o profissional deve fazer uma autocrítica amparada em indicadores que apontem a viabilidade da empresa e o fôlego financeiro e emocional de quem deseja manter o negócio.
“Se o empreendedor percebe que não está indo a lugar nenhum, é hora de repensar o modelo do negócio”, complementa o consultor.
Em 2008, o procurador do Trabalho Renato Saraiva, 48, criou um curso preparatório para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil presencial e transmitido via satélite para
Um ano depois, a concorrência de escolas tradicionais e o alto custo da tecnologia quase o levaram à falência. Para salvar o empreendimento, Saraiva passou a veicular as aulas pela internet.
“Abandonamos o curso presencial e criamos o que depois viria a ser o primeiro curso on line da CERS, uma holding de educação digital”, explica ele, presidente do grupo. A mudança fez com que o faturamento passasse de R$ 1 milhão em 2009 para R$ 73 milhões em 2016.
Hoje, a holding prepara profissionais para a carreira pública e para o mundo corporativo. Cerca de 700 mil pessoas já estudaram com a ajuda da empresa.
SOB NOVA DIREÇÃO
Em muitos casos, a melhor saída é encerrar um projeto e recomeçar. “É comum empreendedores tentarem várias vezes antes de obter sucesso. Essas tentativas podem significar aprendizado e experiência”, diz Luiz Manzano, diretor de apoio a empreendedores da Endeavor Brasil.
Os irmãos Rennan Sanchez, 30, e Ricardo Brandão, 38, comemoram a expansão da empresa Sky.One, especializada no serviço de “cloud” (armazenamento de dados na nuvem) para fabricantes de softwares, fundada por eles e outros dois sócios em 2014.
Eles têm 500 clientes no Brasil e mais de 20 nos Estados Unidos, além de uma base que está sendo montada em Viena, na Áustria, para atender o mercado europeu. O sucesso, no entanto, veio depois de tentativas frustradas em outros negócios na área.
Fonte: Fenacon
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